Na última sexta-feira (8), moradores e turistas em Israel se depararam com um cenário incomum: o Mar da Galileia apresentou uma intensa coloração vermelho-sangue. A mudança chamou atenção nas redes sociais e despertou interpretações que iam do humor ao alerta religioso, com referências às pragas do Egito narradas no Antigo Testamento.
Segundo o Ministério da Água de Israel, a alteração foi causada por uma proliferação da microalga Botryococcus braunii. Em determinadas condições de temperatura, radiação solar e abundância de nutrientes, essa alga verde pode desenvolver pigmentos avermelhados, sem oferecer risco à saúde. Estudos do Laboratório de Pesquisa Kinneret confirmaram que a água continua potável e segura para banho.
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O fenômeno, que já ocorreu em anos anteriores durante períodos quentes, também tem um peso simbólico: o Mar da Galileia, ou Lago de Tiberíades, é local sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, sendo cenário de passagens importantes da tradição cristã. Essa carga histórica contribuiu para que o episódio ganhasse interpretações religiosas e apocalípticas.
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Especialistas reforçam que a mudança é natural e temporária, e que a coloração deve desaparecer com a alteração das condições ambientais. Ainda assim, o contraste entre a explicação científica e as interpretações de fé reforça como a percepção de fenômenos naturais pode se entrelaçar com a história e a espiritualidade.