Pesquisadores anunciaram uma descoberta fascinante: o fóssil de formiga mais antigo já identificado foi encontrado no interior do Ceará. Datado de aproximadamente 113 milhões de anos, o exemplar lança luz sobre a origem e a dispersão desses insetos. O estudo foi publicado nesta quinta-feira, 24 de abril, na revista científica Current Biology.
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O fóssil pertence à extinta família Haidomyrmecinae, grupo que viveu durante o período Cretáceo — época marcada pelo domínio dos dinossauros e pela separação dos continentes. Apelidada de “formiga-do-inferno”, a espécie chamava atenção pelas mandíbulas curvas e pontiagudas, parecidas com foices, adaptadas para capturar e empalar presas de forma precisa e rápida.
Ao contrário de outros fósseis da mesma linhagem, encontrados em âmbar na França e na região que atualmente corresponde à Birmânia, este exemplar foi preservado em rochas calcárias. Essa forma de fossilização, segundo os cientistas, possibilitou uma análise estrutural muito mais detalhada do inseto. As informações são do Correio Braziliense.
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Além disso, o ambiente de preservação representa um diferencial relevante. O material rochoso brasileiro conservou traços minuciosos da anatomia da formiga, o que ajudou os pesquisadores a entender melhor seu comportamento e evolução. Como resultado, a descoberta não apenas preenche uma lacuna no registro fóssil das formigas, como também reforça a importância do território brasileiro para estudos sobre a biodiversidade do passado.