O governo dos Estados Unidos, liderado pelo então presidente Donald Trump, iniciou uma ação judicial contra o estado da Califórnia. O motivo: contestar as leis estaduais que permitem a participação de atletas transgêneros em esportes escolares femininos. A medida foi formalizada na quarta-feira, 9 de julho, por meio de um processo aberto em uma corte federal de Los Angeles.
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Segundo a petição, as regras adotadas pela Califórnia estariam em desacordo com o Título IX — dispositivo legal que protege estudantes contra discriminação baseada em sexo em instituições educacionais que recebem verbas públicas. Para o governo federal da época, as normas californianas colocariam em risco o princípio da igualdade de condições para atletas do sexo feminino.
Em comunicado oficial, a procuradora-geral Pam Bondi reforçou a posição da administração Trump. “Este Departamento de Justiça continuará sua luta para garantir igualdade de oportunidades para mulheres e meninas no ambiente esportivo”, declarou.
O caso reacende o debate nacional sobre a inclusão de pessoas trans no esporte, um tema que mobiliza diferentes setores da sociedade. Enquanto defensores da diversidade argumentam que o direito à identidade de gênero deve prevalecer, críticos alegam que há risco de desequilíbrio competitivo nas modalidades femininas.
Além disso, o processo judicial evidencia o embate entre o governo federal e estados progressistas como a Califórnia, que têm adotado políticas voltadas à inclusão da população LGBTQIA+. Especialistas apontam que esse tipo de confronto se tornou mais comum durante o governo Trump, que frequentemente se opôs a legislações estaduais ligadas aos direitos civis.
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Ainda não há previsão para o desfecho do processo, mas o caso pode influenciar decisões semelhantes em outros estados americanos. A disputa também deve continuar a alimentar o embate entre princípios de inclusão e regras de competição justa no esporte escolar dos Estados Unidos.
