Um levantamento realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Itajubá (MG) e do Centro Universitário Ages (BA) revelaram que mais da maioria dos idosos do Brasil já sofreram algum tipo de queda comparado com o restante do mundo.
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O estudo, conduzido com 400 idosos atendidos na Atenção Primária à Saúde no bairro do Belenzinho, na zona leste da capital paulista, encontrou uma prevalência de quedas de 63%, muito acima da média global estimada de 25% a 33%. Os resultados foram publicados na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
“O estudo que realizamos revelou números muito acima da média global: 63% dos idosos relataram já ter caído e 90% disseram sentir medo de cair. Parte dessa diferença pode ser explicada pelas condições do próprio bairro e das moradias”, afirma o professor doutor Luciano Vitorino, autor da pesquisa.
“A maioria das casas era simples, com pouca ou nenhuma adaptação para segurança. Como cerca de dois terços das quedas acontecem dentro de casa, esse cenário potencializa o risco”, disse ele. Além das residências, o pesquisador destacou que o ambiente urbano também se mostrou desfavorável, potencializando o risco de quedas.
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“Somam-se a isso os desafios do espaço público na região, com calçadas irregulares, escadas sem corrimão e iluminação precária, o que agrava a insegurança para se locomover”, pontuou Vitorino.
