Incêndios florestais de grandes proporções estão assolando a região de Los Angeles, agravados por ventos intensos que chegam a 160 km/h. O fenômeno, conhecido como ventos de Santa Ana, tem contribuído para a rápida propagação das chamas, dificultando os esforços das equipes de emergência.
As autoridades confirmaram que o fogo já consumiu milhares de quilômetros de vegetação, destruiu inúmeras propriedades e deixou ao menos duas pessoas mortas, além de dezenas de feridos. Milhares de estruturas foram reduzidas a cinzas, enquanto o Corpo de Bombeiros dos Estados Unidos alerta que a situação está longe de ser controlada.
++ Bebê de seis meses morre após tumor cerebral terminal ser confundido com ‘alergia ao leite’
Os ventos de Santa Ana, caracterizados por serem secos e intensos, removem a umidade da vegetação, criando condições ideais para a ocorrência e disseminação de incêndios florestais. Meteorologistas explicam que o fenômeno ocorre quando uma área de alta pressão se forma sobre a Grande Bacia, uma região desértica que abrange partes de Nevada, Utah e Oregon. Esses ventos secos fluem do interior em direção à costa da Califórnia, chegando a regiões como Los Angeles sem carregar umidade.
Além de intensificar os incêndios, as rajadas podem causar danos estruturais significativos, conforme alerta o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos. “Esses ventos aumentam exponencialmente a velocidade de propagação das chamas e tornam o combate ao fogo ainda mais desafiador”, destaca o comunicado.
++ Imagem da NASA mostra enorme coluna de fumaça causada pelos incêndios em Los Angeles
Embora os ventos de Santa Ana possam ocorrer ao longo de todo o ano, são mais frequentes nos meses mais frios, entre setembro e maio. Normalmente, duram apenas alguns dias, mas, em certas condições, podem persistir por até uma semana, agravando o risco de incêndios e seus impactos.
Enquanto bombeiros e voluntários continuam os esforços para conter as chamas, o fenômeno reforça os desafios climáticos enfrentados pela Califórnia, onde incêndios florestais se tornaram cada vez mais frequentes e devastadores.