Influenciador de 19 anos é preso após pousar sem autorização na Antártida chilena

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O jovem influenciador norte-americano Ethan Guo, de apenas 19 anos, foi preso no Chile após pousar sem autorização na Antártida, durante uma jornada solo que visa levá-lo aos sete continentes em uma pequena aeronave.

Segundo a Direção Geral de Aeronáutica Civil do Chile (DGAC), Guo pilotava um Cessna 182 no último sábado (28) quando desviou da rota autorizada, que previa ida e volta entre a cidade de Punta Arenas, no extremo sul do Chile. Em vez disso, ele seguiu em direção à ilha Bridgeman, na Antártida chilena, e pousou no Aeroporto Teniente Rodolfo Marsh Martin, base aérea que opera sob rígido controle internacional.

A mudança repentina do plano de voo sem a devida autorização acionou os protocolos das autoridades chilenas, e Guo foi detido assim que sua aterrissagem foi confirmada. De acordo com a imprensa local, ele participou da audiência de custódia por videoconferência. Seu advogado afirmou que o pouso não planejado ocorreu em razão de problemas técnicos detectados durante o voo.

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Expedição ambiciosa

Guo ganhou notoriedade nas redes sociais ao lançar um projeto pessoal ambicioso: ser a primeira pessoa a voar sozinha pelos sete continentes em uma aeronave leve, considerando América do Norte e América do Sul como continentes separados. Além do feito inédito, ele afirma ter como objetivo arrecadar US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,4 milhões) para pesquisas voltadas ao combate ao câncer infantil.

A aventura é documentada em tempo real em seus perfis nas redes sociais. Ele soma mais de 1,2 milhão de seguidores no Instagram, cerca de 385 mil no TikTok, além de vídeos no YouTube, onde compartilha os bastidores da missão.

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Apesar do apelo social e da coragem envolvida no projeto, a mudança de rota sem coordenação com as autoridades locais pode comprometer temporariamente sua jornada. Até o momento, não há confirmação oficial sobre sua libertação ou se ele poderá continuar a expedição nos próximos dias. O caso chama a atenção para os limites entre aventura, responsabilidade e segurança no espaço aéreo internacional — especialmente em zonas de proteção ambiental e científica, como a Antártida.

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