A Promotoria alemã iniciou uma investigação sobre a exibição de mensagens polêmicas projetadas na fachada da fábrica da Tesla em Grünheide. As projeções, que incluíam frases como “Heil Tesla”, foram realizadas durante um protesto organizado por dois grupos ativistas e geraram grande repercussão no país.
Os grupos envolvidos, Zentrum für Politische Schönheit (ZPS) e Led by Donkeys, divulgaram imagens e vídeos da ação em suas redes sociais. As mensagens, que faziam alusão ao regime nazista e incluíam pedidos de boicote à Tesla, foram interpretadas como críticas ao fundador da empresa, Elon Musk. O ato reacendeu discussões sobre polêmicas anteriores envolvendo Musk, que já havia sido acusado de gestos controversos e de apoio a partidos de extrema-direita.
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Inicialmente, a polícia local questionou a veracidade das projeções, mas a posição foi revisada após novos relatos e provas apresentadas pelos ativistas. De acordo com o Ministério Público, qualquer referência ou uso de símbolos ligados ao regime nazista é estritamente proibido na Alemanha, podendo configurar crime sob a legislação vigente.
Em resposta às acusações de que o ato seria fabricado, o ZPS afirmou que as projeções foram realizadas com drones e equipamentos especializados, e alegou que imagens de câmeras de segurança da Tesla comprovam o ocorrido. Os ativistas também publicaram um vídeo de cinco minutos contextualizando o protesto e criticando Musk, que, segundo eles, teria laços com partidos de extrema-direita, como o Alternativa para a Alemanha (AfD).
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Elon Musk já enfrentou críticas anteriormente por declarações e comportamentos que geraram controvérsia. Comentários recentes envolvendo trocadilhos com referências nazistas também foram alvo de repúdio, incluindo uma declaração da Liga Antidifamação, cujo presidente reforçou que “o Holocausto não é assunto para piadas”.
Este não foi o primeiro ato do tipo envolvendo a Tesla. Em janeiro, os mesmos grupos realizaram protestos similares na sede da empresa em Amsterdã, denunciando a influência política de Musk e questionando seu impacto social.
As autoridades alemãs agora buscam esclarecer os detalhes do caso, enquanto o episódio reacende debates sobre limites da liberdade de expressão e uso de símbolos históricos em atos de protesto.