Sabrina Gomes, uma jovem de 24 anos do Ceará, recebeu o diagnóstico de Síndrome de Cushing e de um timoma, um tumor raro no tórax. Esse timoma produz o hormônio ACTH, que, em excesso, desencadeia a Síndrome de Cushing. Com isso, Sabrina enfrenta sintomas graves, como dificuldades respiratórias, pressão alta e insuficiência renal. Além disso, o excesso de ACTH mudou a tonalidade da sua pele.
O ACTH é similar ao MSH, o hormônio que estimula a produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Dessa forma, os altos níveis de ACTH em seu corpo fizeram com que suas células aumentassem a produção de melanina, o que escureceu sua pele.
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O tumor afeta não só a pele, mas também órgãos vitais, como o esôfago, a veia cava e o coração. Devido à localização crítica, a equipe médica considerou a cirurgia de remoção arriscada e a descartou.
Jovem tenta obter remédio de alto custo
Diante disso, os médicos sugeriram um tratamento alternativo com o medicamento radioativo lutécio, que pode atacar as células cancerígenas e reduzir o tumor. No entanto, cada dose custa cerca de R$ 32 mil, e Sabrina precisa de quatro doses para completar o tratamento.
Em dezembro de 2023, a jovem acionou a Justiça para obter acesso ao lutécio e, em março de 2024, obteve uma decisão favorável. Ainda assim, desde então, ela aguarda que o governo adquira o medicamento. Em agosto, uma nova ordem judicial exigiu mais agilidade no processo, mas até agora o tratamento ainda não começou.
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Nas redes sociais, Sabrina contou que começou a sentir os primeiros sintomas em 2015, aos 15 anos. A mudança na tonalidade da pele, entretanto, iniciou em 2021. Uma cirurgia de retirada das glândulas adrenais acelerou o processo de escurecimento da pele.