Um dos nomes mais poderosos da música norte-americana, o rapper e produtor Sean Combs — conhecido como Diddy — está no centro de um escândalo que tem revelado detalhes perturbadores nos tribunais dos Estados Unidos. Acusado formalmente por tráfico sexual, extorsão e envolvimento em esquema de prostituição, o artista responde a um processo que tem exposto denúncias graves de abuso, manipulação e violência.
O caso ganhou repercussão após virem à tona os relatos sobre as chamadas “Freak Offs” — festas organizadas por Diddy, descritas pela promotoria como encenações sexuais detalhadamente orquestradas. Um dos principais depoimentos até agora foi o de Daniel Phillip, trabalhador do sexo que descreveu em juízo situações vividas com Cassie Ventura, ex-companheira do artista, e com o próprio rapper.
Phillip relatou que foi contratado inicialmente para uma apresentação em uma despedida de solteira, mas ao chegar ao local, recebeu dinheiro da própria Cassie para manter relações sexuais com ela. Diddy estaria presente, observando os encontros e, segundo o depoimento, se masturbando enquanto dava instruções ao casal. As reuniões aconteceram diversas vezes e, em algumas delas, foram registradas por Combs com uma câmera.
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Entre os episódios narrados por Phillip está uma situação em que foi solicitado que ele urinasse em Cassie. “Ela me pediu diretamente. Perguntou se eu já tinha feito isso antes e me orientou como queria”, afirmou ao tribunal. O clima teria mudado drasticamente quando ele testemunhou uma agressão de Diddy à cantora. Ele diz que viu Cassie fugir chorando e ferida do quarto após um ataque verbal e físico do músico.
A denúncia também menciona imagens captadas por câmeras de segurança de um hotel em Los Angeles em 2016, que mostrariam Diddy agredindo Ventura. Israel Florez, então segurança do local, declarou que recebeu uma oferta de US$ 100 mil para abafar o caso e evitar que o vídeo viesse a público.
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Embora Cassie tenha feito um acordo judicial com Combs no fim de 2023, seu depoimento no julgamento atual é aguardado com expectativa. Foi o processo movido por ela que desencadeou outras denúncias semelhantes contra o artista.
Atualmente detido em Nova York, Diddy nega todas as acusações. Se condenado, pode enfrentar pena de prisão perpétua. As audiências seguem nos próximos dias, com novos depoimentos que podem aprofundar ainda mais as revelações sobre a rotina oculta de um dos ícones do hip-hop mundial.