A clássica narrativa de O Mágico de Oz ganha uma nova interpretação no livro Os Arcanos de Oz, de Ednei Procópio, lançado pela Matrix Editora. Especialista em ocultismo, o autor estabelece conexões entre a jornada de Dorothy e os conceitos do Tarot, revelando simbologias presentes na história escrita por L. Frank Baum e imortalizada no cinema.
Para Procópio, os personagens principais representam mais do que simples figuras de uma fábula. Segundo ele, Dorothy, Espantalho, Homem de Lata e Leão Covarde correspondem aos quatro elementos essenciais – terra, ar, água e fogo – que estão presentes tanto no Tarot quanto em diversas tradições místicas.
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“A estrutura do conto traz símbolos profundos. O número quatro aparece na divisão do reino de Oz, nos pontos cardeais e nos naipes do Tarot, reforçando a importância desse ciclo”, explica o autor.
A busca de Dorothy para voltar para casa é interpretada como uma jornada de transformação pessoal, um caminho semelhante ao representado pelas cartas do Tarot. Cada encontro e desafio ao longo da estrada de tijolos amarelos reflete etapas desse amadurecimento.
Procópio destaca um momento específico da trama: a cena em que Dorothy segura livros. Para ele, essa imagem se conecta à carta da Papisa, que simboliza sabedoria e introspecção. Já as icônicas sapatilhas vermelhas, que no livro original eram prateadas, são associadas ao Louco do Tarot, carta que representa o início e o fim de uma jornada.
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Outro aspecto abordado pelo autor é a diferença entre magia e ilusionismo dentro da história. O Mágico de Oz, apresentado como um grande feiticeiro, na verdade não possui poderes reais. Segundo Procópio, esse detalhe reflete a visão do autor original, L. Frank Baum, sobre a distinção entre charlatanismo e verdadeiro conhecimento ocultista.
A Cidade das Esmeraldas, centro do reino de Oz, também reforça simbolismos. O verde, cor predominante do local, está associado à terra e à filosofia teosófica, corrente espiritual que influenciou Baum.
Ao longo do livro, Procópio interpreta os detalhes da obra sob um olhar esotérico, sugerindo que O Mágico de Oz vai além de um conto infantil e carrega referências ancestrais codificadas em sua narrativa.