A atleta ugandesa Rebecca Cheptegei, de 33 anos, morreu nesta quinta-feira (5), quatro dias após seu ex-namorado invadir sua casa e incendiá-la. O trágico feminicídio provocou indignação no mundo esportivo e entre defensores dos direitos das mulheres.
++ Aposentado drogava esposa por 10 anos para facilitar abusos na França
O ataque e o desfecho trágico
Cheptegei, que competiu na maratona dos Jogos Olímpicos de Paris em agosto, faleceu no hospital após lutar por sua vida. Segundo relatos, Dickson Ndiema Marangach, seu ex-companheiro, invadiu sua casa no Quênia enquanto ela estava na igreja com as filhas. Ao retornar, Marangach jogou gasolina sobre ela e ateou fogo, causando queimaduras fatais na frente das meninas, de 9 e 11 anos. A atleta não resistiu aos ferimentos.
++ Boate Kiss: último condenado é preso – relembre os detalhes do caso
O feminicídio e o impacto no esporte
O crime gerou reações contundentes de líderes esportivos e ativistas. O Comitê Olímpico de Uganda e a Athletics Kenya condenaram o feminicídio, exigindo o fim da violência de gênero. Nos últimos anos, o Quênia viu casos semelhantes, como o assassinato das atletas Agnes Tirop e Damaris Mutua. O feminicídio de Rebecca destaca, mais uma vez, a urgência de combater a violência contra as mulheres.