Francisco Samonek, empreendedor social de 73 anos, lidera a marca com a meta de inserir os calçados no mercado europeu antes da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, marcada para novembro de 2025 em Belém. Conforme destaca Samonek, o consumidor europeu tem maior sensibilidade à sustentabilidade em comparação ao brasileiro. Nesse sentido, o foco da Seringô será expandir sua presença internacionalmente, com prioridade para a Europa.
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Os tênis da Seringô são confeccionados com matérias-primas da Amazônia, como caroços de açaí e borracha extraída de seringais nativos do arquipélago do Marajó. Samonek comenta que muitas fábricas descartam caroços de açaí, entretanto, ele consegue coletar, processar e transformar esse material em produtos úteis. Além disso, a borracha amazônica complementa o design sustentável dos calçados, ampliando o compromisso da marca com práticas ambientalmente responsáveis.
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Em suma, a Seringô foi criada em 2018 no contexto de uma iniciativa maior chamada Poloprobio, uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Sobretudo, essa organização implementa o projeto Marajó Sustentável, apoiado pelo governo estadual, que tem como objetivo revitalizar os seringais nativos da região. Assim, a marca integra desenvolvimento econômico com preservação ambiental, oferecendo benefícios tanto para as comunidades locais quanto para o ecossistema amazônico.