No domingo (13), um menino de 9 anos invadiu um hospital veterinário em Nova Fátima, no Paraná, e matou 23 animais, deixando a comunidade e a equipe da clínica em choque. O garoto arremessou coelhos e porquinhos-da-índia contra a parede, mutilou alguns bichos e não demonstrou arrependimento ao confessar o ato.
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Brenda Almeida, dona do hospital, relatou que encontrou mais de 15 coelhos mortos. Além disso, o menino também soltou e mutilou outros animais. As câmeras de segurança flagraram o garoto arremessando coelhos e porquinhos-da-índia contra a parede. Em alguns casos, ele arrancou as patas dos bichos. Diante do ocorrido, Brenda acionou a Polícia Militar do Paraná (PMPR) para atender a ocorrência.
“Não demonstrou remorso”
O veterinário Lúcio Barreto levou o menino até a delegacia e notou que ele não demonstrava arrependimento. “Não demonstrou muito remorso, aparentemente até tranquilo. Perguntei se ele não tinha dó do coelhinho, um bichinho bonitinho e ele disse que ‘mais ou menos’”, relatou Barreto ao portal RIC.
Os funcionários da clínica ficaram impressionados não apenas com a brutalidade do ato, mas também com a frieza da criança. “É uma situação horrível, a gente que já há muitos anos cuida dos bichinhos com o maior prazer, com o maior amor, e de repente em um dia seguinte de festa, do Dia das Crianças, chegar e se deparar com uma cena dessas é uma sensação horrível de impotência, de tristeza”, lamentou.
Contexto e confissão
O menino participou da festa de inauguração de uma fazendinha no hospital no sábado. No dia seguinte, ele voltou e cometeu o massacre. Além disso, segundo Brenda, ele confessou tudo com naturalidade.
“Ele disse que foi ele mesmo, que ele chutava a cabeça e arremessava na parede, tanto que foram encontrados três coelhos lá dentro [do imóvel], que ele arremessou pela janela”, explicou a proprietária.
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A Polícia Civil foi até a casa onde o menino mora com a avó. No entanto, por ele ter menos de 12 anos, a lei não prevê punição criminal. Além disso, a legislação brasileira considera menores de 18 anos inimputáveis, e apenas infratores a partir dos 12 anos podem cumprir medidas socioeducativas.
O massacre durou cerca de 40 minutos. Embora o garoto não tenha histórico de violência, o caso levantou preocupações sobre seu comportamento e saúde mental. A comunidade de Nova Fátima, chocada, tenta entender o que poderia ter motivado um ato tão cruel.