O pequeno Ben, de West Sussex, na Inglaterra, nunca imaginou que a pedra brilhante que encontrou enquanto brincava em uma praia seria tão valiosa. Aos seis anos, o garotinho encontrou o item enquanto explorava a praia de Shoreham e, encantado pelo seu brilho, levou-o para casa, onde o guardou em seu quarto. Três anos depois, Ben descobriu que a pedra era, na verdade, um machado de mão neandertal com cerca de 60 mil anos.
Tudo começou quando Ben visitou o Museu Worthing e participou de uma exposição sobre a Idade da Pedra. Ao observar os artefatos em exibição, ele percebeu que alguns itens eram semelhantes à pedrinha que guardava em casa. Curioso, ele conversou com os pesquisadores do museu e descobriu que o objeto que encontrou na praia era, na verdade, uma importante relíquia da pré-história.
++ Garrafa com mensagem escrita há 132 anos é encontrada em parede de farol na Escócia
Em entrevista à BBC, Ben descreveu como encontrou o machado. “Estava olhando em volta e vi uma pedra de sílex brilhante. Eu apenas pensei que parecia diferente das outras pedras”, contou. Ele não imaginava que aquele objeto seria tão antigo e significativo. Quando descobriu que era um machado de 60 mil anos, ficou muito empolgado. “Eles disseram que era a melhor descoberta em 10 anos. Agora, está no museu”, disse Ben, radiante com a descoberta.
Machado neandertal
De acordo com um porta-voz do Museu Worthing, o machado, feito de sílex, remonta ao final do Paleolítico Médio, um período que aconteceu entre 40 mil e 60 mil anos atrás. No entanto, é difícil afirmar com certeza se alguém perdeu o machado no cascalho superior da praia de Shoreham ou se ele foi transportado por meio de depósitos fluviais.
++ Dentes de neandertais que viveram em diferentes períodos são encontrados em caverna na Espanha
Após a descoberta, Ben ficou tão entusiasmado que, embora quisesse manter o machado, decidiu que seria melhor exibi-lo no museu para que outras pessoas também pudessem apreciá-lo. Sua mãe, Emma Witten, também compartilhou a alegria com o filho: “Isso iluminou o rosto do arqueólogo do museu. É ótimo que outros possam apreciá-lo”, disse ela.neandertais