O gênio do cinema mudo e da Era de Ouro de Hollywood, Charles Chaplin, ganha homenagem especial no Rio de Janeiro. A mostra “Chaplin”, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) até 13 de outubro, reúne 83 obras que percorrem cinco décadas de sua trajetória como ator, diretor, roteirista, compositor e produtor. Os ingressos custam R$ 10.
Entre os destaques estão “Tempos Modernos” (1936) e “O Grande Ditador” (1940), que marcaram a crítica social e política de Chaplin contra o capitalismo e o nazismo. A programação ainda inclui uma seleção de curtas das fases Keystone, Essanay e Mutual, como “Corrida de Automóveis para Meninos” (1914), estreia do personagem Carlitos, e “O Imigrante” (1917), que retrata os desafios da imigração nos EUA.
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Segundo o curador José de Aguiar, a exibição tem surpreendido até o público mais jovem:
— “O retorno foi excelente em Brasília, especialmente das crianças, mesmo com o cinema mudo e o formato de curtas.”
Formatos e raridades
Dezenove filmes serão apresentados em duas versões: alta definição (HD) e em película 16mm, permitindo experiências distintas de imersão. Quem assistir a pelo menos três sessões ganhará um catálogo especial sobre a obra do cineasta.
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Outro ponto alto da mostra é “A Condessa de Hong Kong” (1967), último filme dirigido por Chaplin e o único em cores, estrelado por Sophia Loren e Marlon Brando.
Exilado da vida pública americana durante o macarthismo, Chaplin viveu na Suíça até sua morte em 1977, mas deixou um legado que transformou o cinema em arte e continua a emocionar plateias ao redor do mundo.