Uma mulher que havia sido oficialmente declarada morta surpreendeu a Justiça britânica ao reaparecer viva para impedir que sua casa fosse tomada por um fraudador. June Ashimola, de 55 anos, viu seu imóvel em Londres, avaliado em R$ 2,6 milhões, ser alvo de uma tentativa de apropriação após seu nome constar em uma certidão de óbito emitida em fevereiro de 2019.
O caso veio à tona quando, durante uma audiência sobre a posse do imóvel, June participou por videoconferência diretamente da Nigéria, onde vive desde 2018, para comprovar que estava viva e era vítima de um golpe.
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A Justiça havia concedido a posse da propriedade a Ruth Samuel, que agia em nome de Bakare Lasisi, homem que alegava ser marido de June desde 1993. Entretanto, o juiz responsável concluiu que esse suposto casamento nunca existiu e que a certidão de óbito da mulher era fraudulenta.
Os advogados dos envolvidos alegaram que a mulher na audiência era uma impostora se passando por June, mas a Justiça britânica validou sua identidade com base em passaportes e outros documentos apresentados. O juiz declarou que a certidão de óbito foi falsificada de forma intencional para viabilizar o golpe.
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O esquema foi atribuído a Tony Ashikodi, que já possuía antecedentes criminais por fraudes semelhantes. Após a análise das provas, o tribunal anulou a transferência da propriedade e reconheceu June como a legítima proprietária do imóvel.
