Mulher é acusada de registrar cadela como eleitora nos Estados Unidos

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Uma moradora da Califórnia está sendo processada após tentar registrar sua cadela para votar. Laura Yourex, de 62 anos, residente em Costa Mesa, compareceu ao tribunal nesta terça-feira (9) e enfrenta acusações de fraude eleitoral e perjúrio que podem resultar em até seis anos de prisão.

Segundo a promotoria, Yourex teria falsificado documentos e realizado registros ilegais em nome de “Maya Jean”, sua cadela. O caso ganhou repercussão depois que a americana publicou, em 2021, uma foto do animal com um adesivo “Eu votei” durante uma eleição regional.

Mesmo após a morte da cadela, em outubro de 2024, a acusada voltou a ironizar o sistema ao compartilhar nas redes sociais a coleira de Maya ao lado de um boletim de voto, com a legenda: “Maya ainda recebe sua cédula”.

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Defesa alega protesto

O advogado de Yourex, Jaime Coulter, afirmou que sua cliente não tentou manipular o resultado de nenhuma eleição, mas apenas expor falhas no processo de registro. “Ela lamenta sinceramente a forma desajeitada como tentou mostrar que até um cão poderia ser cadastrado. Foi a própria Laura quem denunciou o caso às autoridades do condado de Orange”, declarou.

De acordo com a promotoria, no entanto, os votos em nome da cadela foram rejeitados nas primárias de 2022. O órgão explicou que, em eleições regionais, não há exigência imediata de comprovação de residência ou identidade no registro, mas essa etapa é obrigatória para a primeira votação em âmbito federal.

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Debate sobre segurança eleitoral

O episódio reacende discussões sobre a confiabilidade do sistema eleitoral americano. Desde as eleições de 2020, apoiadores do ex-presidente Donald Trump têm levantado, sem provas, alegações de fraudes em larga escala. Pesquisas independentes não encontraram evidências relevantes de votos ilegítimos, mas casos isolados como o de Yourex são usados por setores políticos como argumento em debates sobre segurança e reformas no processo eleitoral.

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