A jovem Laysa Peixoto, de 22 anos, moradora de Contagem (MG), viralizou nas redes sociais nos últimos dias ao afirmar que seria a “primeira mulher brasileira no espaço”, anunciando sua suposta participação em uma missão espacial da empresa Titans Space em 2029. No entanto, uma reportagem do g1 publicada nesta quarta-feira (11) revelou que diversas declarações feitas por ela são falsas ou inconsistentes, e a NASA negou qualquer vínculo oficial com a brasileira.
Segundo a publicação, Laysa alegava ser astronauta em treinamento pela NASA, estudante de Física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestranda em Física Quântica na Universidade Columbia, em Nova York. Entretanto, nenhuma dessas informações foi confirmada pelas instituições citadas:
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- A NASA declarou que Laysa não faz parte do corpo de candidatos a astronauta da agência, que hoje conta com apenas 10 nomes em treinamento.
- A UFMG informou que Laysa foi desligada do curso de Física após não efetuar matrícula no segundo semestre de 2023.
- A Universidade Columbia disse não ter nenhum registro de matrícula em nome dela.
Mesmo a Titans Space, empresa à qual Laysa diz estar ligada, confirmou apenas que ela foi “selecionada” para uma missão, mas seu nome não consta na equipe técnica e a empresa não tem licença para voos espaciais emitida pela FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA).
Além disso, evidências de manipulação de imagens foram identificadas. Uma foto enviada por Laysa ao g1 em 2022, na qual ela aparece com um capacete com a logo da NASA, teria sido digitalmente alterada, já que a mesma imagem publicada em seu Instagram aparece sem a marca.
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Apesar da polêmica, Laysa foi incluída na lista Forbes Under 30 em 2022, na categoria Ciência e Educação, o que impulsionou ainda mais sua visibilidade pública.
Questionada pela reportagem, Laysa respondeu apenas por mensagem privada, afirmando que qualquer explicação será dada pela sua assessoria de imprensa, que, até o momento, não se pronunciou oficialmente.
O caso levanta alertas sobre a verificação de informações em redes sociais e o risco de fraudes envolvendo instituições de prestígio internacional, como a NASA.