A vaquita, um tipo de toninha extremamente rara, vive exclusivamente no extremo norte do Golfo da Califórnia, no estado de Baja California, México. Discreta, tímida e de porte reduzido, ela é o menor cetáceo do mundo: as fêmeas chegam a medir 1,5 metro, enquanto os machos atingem cerca de 1,4 metro.
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Esse pequeno mamífero aquático, presente apenas nessa região específica do planeta, integra a lista dos 100 mamíferos mais singulares e globalmente ameaçados (EDGE). Contudo, o alerta mais grave vem do próprio status da espécie: a vaquita é considerada o cetáceo mais ameaçado de extinção da Terra — um grupo que inclui baleias, golfinhos e outras toninhas.
A situação da vaquita preocupa desde a década de 1990. Embora tenha sido classificada como criticamente ameaçada em 1996, os esforços de conservação foram insuficientes. Em 1997, havia cerca de 600 indivíduos. Em 2014, o número caiu para menos de 100. Já em 2015, eram cerca de 60. Em 2016, apenas 30. Em 2023, restavam entre 10 e 13 animais. As estimativas mais recentes, de 2025, indicam que há apenas entre 6 e 10 vaquitas vivas — uma queda de 99% em menos de 30 anos.
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Hoje, a vaquita é símbolo da luta pela preservação marinha. Ainda que tímida e quase invisível, ela representa um grito silencioso por socorro. Biólogos e ambientalistas alertam: sem ações drásticas e imediatas, a vaquita desaparecerá para sempre. Se isso ocorrer, será mais uma espécie eliminada pela negligência humana — e talvez a mais emblemática delas.