Onda de calor extrema fecha topo da Torre Eiffel e paralisa escolas na França

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A França entrou em estado de alerta máximo nesta terça-feira (1º), diante de uma onda de calor sem precedentes que atinge boa parte da Europa. Em Paris, uma das medidas emergenciais foi o fechamento do topo da Torre Eiffel, um dos pontos turísticos mais visitados do mundo, em razão dos riscos para visitantes e funcionários.

O calor extremo levou o governo francês a emitir o nível vermelho de alerta para 16 regiões, incluindo a capital. De acordo com a agência meteorológica nacional, as temperaturas podem ultrapassar os 40 °C, agravando o cenário urbano e provocando impactos em serviços públicos, turismo e infraestrutura.

A ministra da Transição Ecológica da França, Agnès Pannier-Runacher, classificou a situação como algo “jamais visto” e reforçou a necessidade de medidas emergenciais, como a restrição de veículos poluentes na região metropolitana de Paris e o fechamento total ou parcial de cerca de 1.350 escolas em todo o país.

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A onda de calor é parte de um fenômeno climático que tem castigado várias regiões ao norte do Mar Mediterrâneo. Espanha, Portugal, Itália e Turquia também enfrentam altas temperaturas, com registros alarmantes nos últimos dias. Em Mora, cidade portuguesa próxima a Lisboa, os termômetros marcaram 46,6 °C, enquanto no sul da Espanha a temperatura chegou a 46 °C. Já na Itália e na Turquia, os efeitos do calor se agravaram com incêndios florestais — alguns deles letais.

No sul italiano, uma pessoa morreu após inalar fumaça em Potenza, enquanto na Turquia mais de 50 mil pessoas tiveram que ser evacuadas devido às chamas. Portugal também enfrentou focos de incêndio no centro do país, que já foram controlados.

Com o agravamento da crise climática, autoridades locais têm buscado soluções para minimizar os efeitos do calor nas cidades. Marselha, no sul da França, abriu piscinas públicas gratuitamente, enquanto Veneza ofereceu visitas com ar-condicionado em museus para idosos. Na Espanha, sindicatos pediram às empresas a adoção de medidas de proteção a trabalhadores, após duas mortes relacionadas ao calor no fim de semana.

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Além disso, em países como França e Itália, surgem preocupações sobre as condições de detentos em prisões superlotadas, onde o calor se torna ainda mais insuportável.

A Europa enfrenta, mais uma vez, as consequências diretas das mudanças climáticas, com ondas de calor cada vez mais frequentes e intensas. A expectativa é que o verão de 2025 seja um dos mais severos já registrados no continente.

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