Nesta quinta-feira, o papa Francisco protagonizou um marco na história da Igreja Católica ao visitar a prisão de Rebibbia, nos arredores de Roma. Durante o encontro com detentos e funcionários do complexo, ele abriu uma “Porta Santa” na capela local, em preparação para o Jubileu de 2025. Este é o primeiro registro de um papa realizando esse gesto em um estabelecimento prisional.
Dirigindo-se a centenas de presos, Francisco destacou a importância de não desistir diante das adversidades. “Em momentos difíceis, podemos pensar que tudo está perdido. Não percam a esperança. Essa é a mensagem que quero deixar a vocês”, afirmou o pontífice, reforçando o tema central do Jubileu de 2025: a esperança.
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O Jubileu é um período especial na tradição católica, marcado por celebrações de perdão e renovação espiritual. Realizado a cada 25 anos, ele é simbolizado pela abertura das “Portas Santas” nas basílicas papais de Roma. Em 2025, o evento terá início em 24 de dezembro e se estenderá até 6 de janeiro de 2026.
A iniciativa de Francisco em Rebibbia amplia o alcance simbólico dessas portas, tradicionalmente associadas às grandes catedrais, para um espaço que abriga pessoas em busca de redenção. O Vaticano destacou que este é um gesto de inclusão sem precedentes, alinhado aos valores de misericórdia e reconciliação defendidos pelo pontífice.
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A abertura das “Portas Santas” remonta ao ano de 1300, sob o pontificado de Bonifácio VIII, quando a prática foi instituída. Desde então, as portas das basílicas papais têm sido um marco do Jubileu, atraindo fiéis de todo o mundo em busca de renovação espiritual. Com a abertura de uma porta em um complexo prisional, Francisco reforça sua mensagem de que a graça divina está acessível a todos, independentemente das circunstâncias.
O gesto do papa em Rebibbia marca uma nova página na tradição do Jubileu, levando esperança e inclusão a um espaço geralmente associado à exclusão e ao isolamento.