Durante uma entrevista ao jornal católico Crux, publicada no último domingo, 14 de setembro, o Papa Leão XIV apontou a desigualdade extrema de renda como um dos fatores centrais para a intensificação da polarização no mundo atual. Como exemplo, ele mencionou a possível ascensão de Elon Musk ao posto de primeiro trilionário da história, que, segundo o pontífice, simboliza o desequilíbrio econômico global.
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De acordo com o líder da Igreja Católica, essa polarização crescente beneficia apenas uma minoria muito pequena, enquanto a maioria da população enfrenta as consequências. Além disso, ele ressaltou que eventos recentes, como a pandemia de Covid-19 e a crise econômica de 2020, agravaram esse quadro. Contudo, o papa sublinhou que a raiz do problema remonta a tempos anteriores, sobretudo em sociedades que deixaram de valorizar princípios fundamentais como a dignidade da vida, a centralidade da família e o espírito comunitário.
O pontífice também demonstrou preocupação com o abismo cada vez maior entre os trabalhadores e os grandes empresários. Conforme suas palavras, essa distância financeira alimenta posições extremas, gera descontentamento social e enfraquece os alicerces das relações econômicas e comunitárias.
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As declarações de Leão XIV reforçam a postura histórica da Igreja em defesa da justiça social. Nesse sentido, o papa defendeu maior solidariedade e equidade na distribuição de recursos, além da ampliação de oportunidades para reduzir desigualdades e promover estabilidade.
