Pesquisadores revelaram a descoberta de pegadas de dinossauros em duas regiões distantes: Brasil e Camarões, na África. Essa descoberta reforça a hipótese de que, antes da separação dos continentes, dinossauros podem ter atravessado uma passagem estreita que conectava a América do Sul e a África.
O estudo, publicado na segunda-feira (26), divulgado pelo Museu de História Natural do Novo México, contou com a colaboração do geólogo brasileiro Ismar de Souza Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ao todo, os pesquisadores identificaram mais de 260 pegadas ao longo de uma distância de cerca de 5.900 quilômetros entre o Brasil e Camarões. Essa vasta distribuição geográfica sugere que os dinossauros percorreram uma longa faixa de terra, hoje dividida pelo Oceano Atlântico.
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As pegadas, preservadas em sedimentos de lama e lodo, datam de aproximadamente 120 milhões de anos. Nesse período, rios e lagos cobriam essas áreas, o que favoreceu a preservação das marcas. No Brasil, as pegadas foram encontradas no Planalto da Borborema, na região nordeste. Já em Camarões, as pegadas surgiram em formações semelhantes.
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Grande parte das pegadas pertence a dinossauros terópodes, carnívoros de três dedos que se locomoviam sobre duas patas. A pesquisa indica que a região nordeste do Planalto da Borborema estava conectada à África, precisamente onde hoje se encontra o Golfo da Guiné.