O jumento, também conhecido como jegue no Nordeste, corre o risco de desaparecer do Brasil.
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A causa é o aumento expressivo na demanda pelo ejiao, um produto da medicina tradicional chinesa feito a partir do colágeno extraído da pele de jumentos, que é cozida e transformada em gelatina. Nesta perspectiva, pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo uma alternativa.
Segundo reportagem da BBC, a demanda pelo colágeno já provocou o risco de extinção dos animais na África, continente de onde são originários. Para tentar impedir o desaparecimento dos animais, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão desenvolvendo um colágeno feito em laboratório a partir da fermentação de precisão.
A técnica avançada de biotecnologia é feita para o cultivo de células e produção de tecidos, também conhecida como agricultura celular. O objetivo é oferecer uma alternativa rastreável, segura e sustentável ao mercado chinês, mas principalmente tornar desnecessário o sofrimento e abate dos jumentos.
“A grande inovação está na forma de produzirmos o colágeno idêntico ao do jumento, que é codificado pelo DNA do animal e que é então a mesma proteína, mas de uma forma desacoplada da matança do animal que é hoje a única forma de obtenção desse colágeno”, declarou Carla Molento, pesquisadora do Laboratório de Zootecnia Celular da UFPR.
