A possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos reacende o embate entre governo e grandes organizações filantrópicas. Uma das propostas em análise prevê a proibição do envio de recursos por fundações privadas para fora do país. Caso adotada, a medida afetaria instituições como a Fundação Bill & Melinda Gates, a Fundação Chan Zuckerberg e a Open Society Foundations, de George Soros. De acordo com aliados de Trump, o objetivo declarado é manter os recursos dentro dos Estados Unidos e aumentar o controle sobre a aplicação de fundos públicos. Contudo, a proposta vem provocando reações no meio filantrópico e acentuando a tensão com o setor social.
++ Morre no Rio Grande do Sul a pessoa mais velha do mundo, aos 116 anos
Bill Gates já expressou preocupação com os possíveis efeitos dessa proposta. Em reuniões com autoridades da gestão Trump, ele afirmou que a fundação que leva seu nome não tem condições de substituir o papel do governo americano no financiamento de programas globais de saúde.
Além disso, Gates destacou que cortes no apoio federal podem comprometer ações essenciais em diversos países — incluindo campanhas de vacinação infantil, tratamento do HIV e combate à malária. Para ele, a retirada de recursos públicos enfraquece iniciativas que salvam milhões de vidas.
++ Professor de canto é preso após dar chá com sêmen as alunas
Paralelamente à discussão sobre a ordem executiva, o governo Trump também avalia uma revisão do status fiscal de organizações filantrópicas. A Fundação Gates, por exemplo, conta com isenção de impostos nos Estados Unidos. Caso perca esse benefício, poderá enfrentar dificuldades financeiras significativas, o que afetaria sua capacidade de operar e de arrecadar novos recursos. As informações são do The New York Times.
Esse cenário evidencia o aumento do atrito entre o setor público e as fundações privadas, sobretudo em temas como saúde global, educação e justiça social. Enquanto o governo Trump busca limitar a influência das grandes entidades filantrópicas, lideranças como Bill Gates defendem a cooperação entre esferas públicas e privadas como caminho indispensável para enfrentar os grandes desafios globais.