Reino Unido transforma ruas em palco de homenagens pelos 80 anos do fim da Segunda Guerra

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Com a presença de veteranos centenários, milhares de cidadãos nas ruas e membros da realeza britânica acompanhando de perto, o Reino Unido deu início nesta segunda-feira (5) a uma série de homenagens que se estenderão por quatro dias para lembrar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.

O ponto de partida das celebrações foi uma imponente parada militar em Londres, que reuniu 1.300 integrantes das Forças Armadas britânicas, soldados aliados da OTAN — incluindo contingentes da Polônia, Lituânia e Suécia — além de militares ucranianos treinados no país. O veterano Alan Kennett, de 100 anos, que lutou na Normandia, teve a honra de abrir a cerimônia, desfilando por locais históricos como Whitehall e The Mall, até o Palácio de Buckingham.

Da sacada do palácio, o rei Charles III — mesmo em tratamento contra o câncer — apareceu ao lado da rainha Camilla e de outros membros da família real para assistir ao desfile e ao sobrevoo de aeronaves. A cena remete ao histórico 8 de maio de 1945, quando o então rei George VI e a rainha Elizabeth, acompanhados de Winston Churchill e das jovens princesas Elizabeth e Margaret, saudaram a população após o anúncio da rendição da Alemanha nazista.

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Ao longo da semana, a programação se espalha por todo o país. Entre os eventos está uma recepção no Palácio de Buckingham para cerca de 50 veteranos da Segunda Guerra, além de uma celebração a bordo do HMS Belfast, navio que participou do conflito e hoje está ancorado no rio Tâmisa.

Na terça-feira (6), a rainha Camilla visitará uma exposição com 30 mil papoulas de cerâmica — flor símbolo dos britânicos em memória aos mortos em combate — na Torre de Londres. Piqueniques, festas de rua, exposições e cerimônias religiosas também fazem parte da agenda nacional.

O encerramento será na quinta-feira (8), data oficial do VE Day (Victory in Europe Day), com dois minutos de silêncio ao meio-dia e uma missa de ação de graças na Abadia de Westminster. À noite, um concerto será realizado na Horse Guards Parade, no centro de Londres.

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Durante discurso recente no Parlamento italiano, o rei Charles reforçou o alerta para a fragilidade da paz: “Não podemos tratá-la como garantida”, afirmou, lembrando que os conflitos atuais na Europa, como a guerra na Ucrânia, mostram que os fantasmas do passado ainda rondam o continente.

O primeiro-ministro Keir Starmer também se manifestou sobre a importância da data. Em publicação nas redes sociais, ele destacou a dívida de gratidão com os militares que participaram do conflito e reforçou a necessidade de manter viva a memória do sacrifício feito por milhões de pessoas.

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