A prisão de Luigi Mangione nesta segunda-feira (9) encerrou uma intensa busca policial que durou quase uma semana. Ele é apontado como o principal suspeito de assassinar Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em um crime que chocou Nova York e levantou perguntas sobre o perfil do investigado.
Mangione, formado em Ciência da Computação pela Penn State University, destacou-se como aluno exemplar, chegando a ser orador de sua turma no Ensino Médio. Contudo, detalhes de sua vida pessoal e atividades nas redes sociais trouxeram à tona um lado menos convencional. Ele demonstrava fascínio por figuras como Ted Kaczynski, conhecido como “Unabomber”, e compartilhava publicações relacionadas a serial killers.
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Residente de Honolulu, Havaí, Mangione trabalhava como engenheiro de dados em uma empresa automotiva da Califórnia. Ele também lidava com sérias dores nas costas, resultado de um problema crônico em sua coluna, o que, segundo pessoas próximas, influenciava sua vida pessoal e emocional. “Era algo que o limitava muito, tanto fisicamente quanto nos relacionamentos”, relatou um ex-colega de casa à CNN.
O assassinato de Brian Thompson ocorreu no dia 4 de dezembro, em frente a um hotel de luxo na cidade de Nova York. O CEO foi baleado e o suspeito fugiu, desencadeando uma ampla operação policial com helicópteros e cães farejadores. Mangione foi finalmente localizado em uma loja do McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia, após ser identificado por uma atendente.
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No momento da prisão, o jovem carregava uma “arma fantasma” — supostamente feita com uma impressora 3D — e um manifesto manuscrito criticando o sistema de saúde dos Estados Unidos. Segundo autoridades, a crítica estava voltada especialmente aos planos de saúde privados, incluindo a empresa dirigida pela vítima.
A captura de Mangione foi possível graças à divulgação de imagens pela polícia, que ofereceu uma recompensa para informações sobre o suspeito. Agora, as investigações se concentram em esclarecer os motivos do crime e sua possível relação com as críticas expressas no manifesto.