Uma operação de resgate na costa da Tasmânia, na Austrália, terminou sem sucesso após o encalhe de mais de 150 golfinhos gigantes, conhecidos como falsas-orcas. A maioria dos animais não resistiu e os sobreviventes devem passar por eutanásia, segundo especialistas.
O episódio ocorreu próximo ao rio Arthur, em uma região isolada da ilha, dificultando o deslocamento de equipes e equipamentos. Além disso, o mar agitado tornou inviável a tentativa de devolver os animais à água. De acordo com a bióloga marinha Kris Carlyon, cerca de 70 golfinhos morreram na areia, enquanto os demais permaneceram em condições críticas.
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“As alternativas de resgate não tiveram êxito. Quanto mais tempo passam fora da água, maior é o sofrimento”, explicou Carlyon à imprensa.
Com a morte iminente dos animais, as autoridades agora avaliam o destino das carcaças. Como a área é considerada sagrada por comunidades aborígenes locais, há possibilidade de deixar os corpos no local para que a decomposição ocorra naturalmente.
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Apesar de a Tasmânia registrar encalhamentos frequentes, como o de 470 baleias-piloto em 2020 e outro com 230 animais da mesma espécie em 2022, eventos envolvendo falsas-orcas não ocorriam há cinco décadas.
Esses golfinhos podem atingir até seis metros de comprimento e pesar 1,5 tonelada. Cientistas acreditam que o forte vínculo social da espécie pode ter levado ao encalhamento coletivo, caso um dos integrantes do grupo tenha se desorientado ou adoecido.