Nesta quarta-feira, a Terra completará sua rotação em um tempo ligeiramente inferior ao habitual, configurando o dia mais breve de 2025. A rotação será finalizada com cerca de 1,30 milissegundo a menos do que as tradicionais 24 horas — uma diferença imperceptível para a maioria das pessoas, mas que vem despertando grande atenção entre cientistas e especialistas em geodinâmica.
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Segundo medições altamente precisas, esse encurtamento do dia resulta de uma leve aceleração no giro do planeta. Embora tal variação não afete diretamente a vida cotidiana, ela é monitorada de perto por instituições científicas ao redor do mundo. Além disso, eventos semelhantes estão previstos para os dias 22 de julho e 5 de agosto, com variações de 1,38 e 1,51 milissegundo, respectivamente.
O registro mais recente de um dia extremamente curto aconteceu em 9 de junho de 2022, quando a rotação da Terra durou 1,59 milissegundo a menos do que o tempo padrão. Apesar do avanço das tecnologias de medição, os cientistas ainda não conseguem identificar com precisão as causas dessas acelerações mínimas.
Para Fernando Roig, diretor do Observatório Nacional, a rotação da Terra nunca foi completamente constante. Desde sua formação, há bilhões de anos, o planeta vem passando por alterações — no início, por exemplo, um dia completo durava apenas cerca de cinco horas. Hoje, mesmo com a média de 24 horas, pequenas oscilações continuam a ocorrer, influenciadas por fatores naturais complexos e ainda não totalmente compreendidos pela ciência.
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Apesar de discretas, essas variações têm grande importância para a calibração de sistemas de tempo e navegação altamente precisos. Cada novo registro oferece dados valiosos sobre a dinâmica do planeta e permite que os cientistas ajustem suas previsões com maior exatidão. Compreender a instabilidade na rotação terrestre é um passo essencial para o avanço da geofísica moderna.
