Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o leste do Afeganistão na noite de domingo (31), provocando ao menos 812 mortes e deixando mais de 2,7 mil feridos, segundo autoridades locais. O balanço ainda é preliminar, e equipes de resgate alertam que o número de vítimas deve aumentar, já que muitos povoados estão em regiões de difícil acesso.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou o epicentro a cerca de 27 quilômetros de Jalalabad, cidade de 200 mil habitantes. Os tremores foram sentidos também em Cabul. As províncias de Kunar e Nangarhar concentram a maior parte dos relatos de destruição e mortes.
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O Ministério da Saúde informou que hospitais locais estão sobrecarregados e equipes de emergência tentam chegar a áreas isoladas. “O número de mortos e feridos é alto, mas nossas equipes continuam em operação”, declarou o porta-voz Sharafat Zaman.
Muitas das construções afetadas eram frágeis e pouco resistentes a abalos, o que aumentou o impacto da tragédia. O governo afegão confirmou o desabamento de casas e prédios, mas ainda não detalhou a extensão dos danos.
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A catástrofe se soma a um cenário já crítico: segundo a ONU, mais da metade da população do país depende de ajuda internacional. Desde 2021, o Afeganistão enfrenta dificuldades agravadas pelo corte da assistência externa e pela chegada de milhares de afegãos deportados de países vizinhos.
Localizado em uma região de intensa atividade sísmica, o país acumula histórico de tragédias semelhantes. Em 2022, um terremoto de magnitude 5,9 deixou cerca de mil mortos no sudeste afegão.