O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causou polêmica ao publicar uma imagem gerada por inteligência artificial em sua rede Truth Social, sugerindo uma iminente ação militar em Chicago. A ilustração, inspirada no filme “Apocalypse Now”, mostra Trump em trajes militares em uma praia em chamas, com helicópteros ao fundo, e frases como “Eu amo o cheiro de deportações pela manhã” e “Chicago vai descobrir por que se chama Departamento de Guerra”.
A publicação foi acompanhada do anúncio de que o Departamento de Defesa voltará a ser chamado por seu nome original: Departamento de Guerra. Segundo Trump, a mudança visa promover uma “ética guerreira” no país. A medida gerou críticas imediatas de autoridades locais.
O governador de Illinois, JB Pritzker, classificou Trump como um “homem assustado” e afirmou que “Illinois não será intimidado por um aspirante a ditador”. Já o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, declarou que as ameaças do presidente “violam a honra da nação” e que Trump quer “ocupar a cidade e quebrar a Constituição”.
Trump justificou a possível intervenção federal com base na alegada desordem pública e altos índices de imigração ilegal. Ele já havia enviado tropas da Guarda Nacional para Los Angeles em junho, ação considerada fora de sua alçada por um juiz da Califórnia — decisão que ainda pode ser contestada judicialmente.
Apesar da resistência de Pritzker e Johnson, Trump afirmou nesta terça-feira que “vai entrar” em Chicago, independentemente de autorização local. “Temos o direito de fazer isso”, declarou da Casa Branca, demonstrando impaciência com a recusa do governador em solicitar ajuda federal.
A tensão entre o governo federal e líderes locais se intensifica, com protestos em Illinois contra a militarização das cidades e o uso político das Forças Armadas. A população teme que tais ações comprometam a democracia e os direitos civis.
