O declínio das taxas de natalidade em diversos países está transformando rapidamente a dinâmica demográfica mundial. Um estudo do Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, aponta que o número médio de filhos por mulher caiu drasticamente desde a década de 1950, levando especialistas a alertar sobre os profundos impactos sociais e econômicos dessa tendência.
Na década de 1950, a média global era de cinco filhos por mulher. Atualmente, o número gira em torno de dois e, segundo projeções, continuará diminuindo. Em países como o Japão, a expectativa é de que a população seja reduzida pela metade até o final do século. As mulheres estão adiando a maternidade, muitas vezes priorizando estudos e carreiras, enquanto os casais modernos estabelecem critérios mais rígidos antes de ter filhos, como estabilidade financeira e segurança pessoal.
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Karen Guzzo, diretora do Centro de População da Universidade da Carolina do Norte, afirma que essa mudança exige novos modelos para sustentar sistemas de previdência e saúde. “Com menos crianças e mais idosos, será necessário inovar e pensar em soluções solidárias para garantir o equilíbrio das estruturas sociais e econômicas”, destacou.
A redução no número de nascimentos já começa a afetar o mercado de trabalho e a sobrecarregar os sistemas de saúde e previdência. Até 2100, a população idosa poderá se igualar em número à de nascimentos anuais, alterando drasticamente a dinâmica das cidades e os padrões de consumo.
Especialistas alertam que o envelhecimento da população também exigirá mudanças na forma como empregos são geridos e aposentadorias são financiadas. Enquanto isso, a sociedade precisará se adaptar a uma nova realidade, onde crianças se tornarão presença cada vez mais rara, e as implicações dessa transformação terão repercussões ao longo das próximas décadas.