Cientistas na Flórida compartilharam imagens impressionantes de uma cobra píton birmanesa engolindo um veado-de-cauda-branca de 35 kg. O vídeo foi gravado pelo biólogo Ian Bartoszek, da Conservancy of Southwest Florida. Ele registrou o momento enquanto rastreava pítons nos Everglades.
A cobra fêmea media 4,5 metros e pesava 52 kg. Bartoszek descreveu a cena como intensa. “Parecia que estávamos pegando um serial killer em flagrante”, disse ele. A píton é conhecida por se alimentar de quase tudo que é “peludo e emplumado”.
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Bartoszek é um dos autores de um estudo publicado em agosto. Ele revelou que as pítons podem abrir a mandíbula até 10,2 polegadas, mais do que se pensava. “Essa foi a visão mais intensa e impressionante que observamos em 12 anos de rastreamento de pítons no sudoeste da Flórida”, afirmou.
Capturar essas cobras comendo é difícil, mas a equipe conseguiu. O cervo consumido correspondia a 66,9% da massa da cobra. Isso ajuda a prever o impacto ecológico das cobras invasoras.
Ameaça aos ecossistemas
Essas cobras, no entanto, têm impactado negativamente os ecossistemas locais. Bartoszek enfatizou a importância de não subestimar a píton birmanesa.
Para isso, um dispositivo de rastreamento levou os cientistas até a cobra comedora de veados. Dessa forma, as pítons são removidas para controlar a população e, antes de se reproduzirem, são “sacrificadas humanamente”.
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“Temos muito respeito pela píton birmanesa e elas estão aqui sem culpa própria”, disse Bartoszek. “No entanto, entendemos o impacto que elas estão tendo na vida selvagem nativa e não estamos sentados à margem”, explicou.