Em 2020, a americana Erin Bousquet foi diagnosticada com a Síndrome de Kleine-Levin (KLS), também chamada de Síndrome da Bela Adormecida. Esse distúrbio raro do sono faz com que a jovem durma até 20 horas seguidas. O problema começou em 2017, quando Erin tinha apenas 14 anos.
Os episódios de sono profundo acontecem de forma repentina. Além disso, a síndrome traz sintomas como irritabilidade, desorientação, amnésia e aumento do apetite. Erin também sente uma necessidade intensa por alimentos específicos. Cada episódio pode durar semanas.
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Por anos, Erin e sua família procuraram um diagnóstico. Inicialmente, a jovem passou por tratamento para Streptococcus, fez testes para mononucleose infecciosa, testes de drogas, além de uma internação e suspeita de encefalite autoimune. Contudo, nenhum dos exames revelou a causa do problema.
Foi somente em 2020 que ela obteve o diagnóstico de Síndrome de Kleine-Levin (KLS). No entanto, apesar de finalmente saber o que causa os episódios, descobriu que um tratamento eficaz ainda é desconhecido. Além disso, os médicos também não sabem ao certo o que origina a síndrome.
Os episódios ocorrem de duas a três vezes por ano. Com isso, Erin já perdeu momentos importantes da sua vida. Entre eles, um campeonato de basquete, seu aniversário de 18 anos e algumas viagens em família.
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O neurologista Robert Sundell explicou ao Washington Post que a síndrome é pouco conhecida. Além disso, a maioria dos casos registrados envolve meninos adolescentes. A causa também ainda não está clara. Pode estar ligada a fatores genéticos, autoimunes ou a um mau funcionamento cerebral, por exemplo.