Um novo estudo científico apontou que ter uma noite de sono curta pode acelerar a deterioração de partes do cérebro associadas à doença de Alzheimer.
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Déficits no sono de ondas lentas e REM parecem encolher partes do cérebro conhecidas como indicadores precoces de deterioração cognitiva e doença de Alzheimer, segundo revelou a autora principal do estudo, Gawon Cho, pesquisadora pós-doutoral em medicina interna na Escola de Medicina de Yale em New Haven, no estado norte-americano de Connecticut.
“Descobrimos que o volume de uma parte do cérebro chamada região parietal inferior diminuiu em pessoas com sono REM e sono profundo inadequados”, disse Cho. “Essa parte do cérebro sintetiza informações sensoriais, incluindo informações visuoespaciais, então faz sentido que ela mostre neurodegeneração no início da doença”, acrescentou.
Durante o sono profundo, o cérebro elimina toxinas e células mortas enquanto também repara e restaura o corpo para o dia seguinte. No sono REM, o cérebro se ocupa processando emoções, ao consolidar memórias e absorção de novas informações. Sendo assim, ter um sono profundo e REM de qualidade pode ser a chave para nossa capacidade de funcionar.
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A criação de uma rotina de sono, sem luzes azuis ou distrações, pelo menos uma hora antes de dormir, além de tentar meditação, yoga, tai chi, banhos quentes pode contribuir para amenização dos riscos da doença. “Como melhorar seu sono? Acho que as pessoas realmente precisam fazer sua parte para melhorar seu próprio sono. Não existe um único medicamento que melhore o sono em geral”, declarou Cho.