A temperatura indicada pelos termômetros nem sempre reflete a real sensação térmica experimentada pelo corpo humano. Em dias úmidos, o calor pode parecer mais intenso do que em dias secos, mesmo que os valores registrados sejam semelhantes. Essa percepção está diretamente relacionada ao modo como o suor interage com a umidade do ar e à chamada temperatura do bulbo úmido.
Nos períodos mais quentes do ano, especialmente no verão, a umidade do ar costuma aumentar devido às chuvas mais frequentes. Regiões tropicais, como a Amazônia, onde a umidade é naturalmente elevada, também apresentam essa característica, tornando o calor mais desconfortável.
A temperatura do bulbo úmido é um índice que considera não apenas a temperatura do ar, mas também a umidade relativa e a pressão atmosférica. Esse indicador ajuda a compreender os impactos do calor extremo no corpo humano, já que pode afetar a capacidade de resfriamento do organismo. Estudos da NASA apontam que, com o aumento das temperaturas globais, algumas áreas poderão se tornar inabitáveis devido a índices elevados desse parâmetro.
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A transpiração é um mecanismo natural do corpo para regular a temperatura. No entanto, a eficiência desse processo depende das condições ambientais. Em locais com alta umidade, a evaporação do suor ocorre de maneira mais lenta, formando uma espécie de camada de umidade sobre a pele que dificulta a liberação do calor corporal. Isso faz com que a sensação térmica seja mais elevada.
Já em ambientes quentes e secos, o suor evapora com mais facilidade, auxiliando no resfriamento do corpo e proporcionando uma sensação térmica mais amena. Por esse motivo, o calor em locais úmidos tende a ser percebido como mais sufocante e desgastante.
Independentemente da umidade do ar, a elevação da temperatura aumenta o risco de desidratação, tornando essencial o consumo adequado de líquidos. Especialistas recomendam a ingestão diária de pelo menos dois a três litros de água, quantidade que pode ser maior para aqueles que praticam atividades físicas intensas ou suam em excesso.
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Além da desidratação, o calor extremo pode afetar o sistema cardiovascular. Em dias muito quentes, ocorre uma dilatação dos vasos sanguíneos, o que pode causar tonturas e até desmaios, principalmente em pessoas mais velhas ou desidratadas. Para investigar episódios de síncope, exames como o Tilt Test são frequentemente utilizados para avaliar o funcionamento do sistema nervoso autônomo e detectar possíveis causas do problema.
Diante dessas condições, manter-se hidratado e evitar a exposição prolongada ao sol são medidas fundamentais para minimizar os impactos do calor intenso no organismo.