O cardeal brasileiro Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, está em Roma para participar do conclave que escolherá o novo Papa após a morte de Francisco, no último dia 21 de abril. Em meio à expectativa global, ele fez questão de se distanciar da narrativa apresentada no filme “Conclave”, obra premiada no Oscar que vem chamando a atenção por retratar os bastidores da sucessão papal.
Spengler foi direto: o que se vê nas telas está longe do que ele tem vivido na capital italiana. Em vez de intrigas e tensão, como sugere a ficção dirigida por Edward Berger, o clima descrito pelo cardeal é de acolhimento e fraternidade. “É uma cordialidade extraordinária”, afirmou, destacando o espírito de diálogo entre os religiosos presentes no Vaticano.
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Essa será a primeira vez que Dom Jaime participa de um conclave — uma função que ele encara com humildade, mas também com senso de responsabilidade. “Estou tentando compreender melhor as normas e conhecer os outros cardeais. É um momento que naturalmente gera uma certa tensão, mas também é uma oportunidade de serviço”, disse.
O conclave que começa no dia 7 de maio reunirá eleitores de cerca de 70 países, refletindo a diversidade buscada por Francisco ao longo de seu pontificado. Para Dom Jaime, essa variedade é uma riqueza, não um obstáculo. “A catolicidade do Colégio é real. São visões diferentes que nos complementam.”
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Ao comentar sua missão, o cardeal afirmou que não buscou estar nessa posição, mas está pronto para colaborar. “Quando se ama o que faz, é preciso estar preparado para servir”, completou.