Após uma viagem pela Tailândia, Japão e Havaí, uma mulher de 30 anos começou a sentir queimação nos pés. Nos dias seguintes, a dor se espalhou para suas pernas, mas ela acreditava que os sintomas eram apenas reflexo do jet lag. Inicialmente, exames médicos não indicaram nenhum problema e ela foi liberada. No entanto, os sintomas continuaram a piorar.
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A dor avançou para o tronco, braços e cabeça, levando a paciente a procurar novamente ajuda médica. Novos exames mostraram um aumento no número de células de defesa do corpo, mas os médicos não encontraram nenhuma doença aparente. Mesmo com o tratamento para dor de cabeça, os sintomas persistiram e a mulher começou a apresentar confusão mental.
Acompanhada pelo companheiro, ela retornou ao hospital e, dessa vez, foi realizada uma punção lombar. O exame revelou a presença de células eosinofílicas, um tipo de célula imunológica que combate parasitas. Esse achado levou ao diagnóstico de meningite eosinofílica, causada pelo parasita Angiostrongylus cantonensis, transmitido por moluscos contaminados.
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O parasita, comum em regiões tropicais e subtropicais, pode afetar o cérebro e causar diversos sintomas, como dor de cabeça, formigamento, convulsões e confusão mental. Não há tratamentos específicos para a doença, mas a paciente foi tratada com medicamentos antiparasitários e anti-inflamatórios, se recuperando após seis dias de tratamento. Para evitar a infecção, é recomendado cozinhar bem os moluscos e lavar cuidadosamente os alimentos.