Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 11.502 internações por lesões autoinfligidas intencionalmente. Isso representa uma média de 31 casos por dia, um aumento de mais de 25% em relação aos 9.173 registros de 2014. A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) divulgou esses dados na quarta-feira (11), chamando atenção para a gravidade da situação.
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A Abramede ressaltou que os médicos de emergência são, muitas vezes, os primeiros a atender esses pacientes. O aumento nas internações de tentativas de suicídio e automutilação reforça a necessidade urgente de capacitar esses profissionais para agirem com eficiência e rapidez. Além disso, é fundamental oferecer suporte emocional adequado, principalmente em situações de vulnerabilidade, como sublinhou a associação
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Em 2016, observou-se uma leve queda nas notificações de internações por evidência de suicídio, em comparação com os dois anos anteriores. No entanto, os casos voltaram a aumentar em 2018, com 9.438 registos. Em 2023, esse número atingiu seu ápice, chegando a 11.502 casos, e a expectativa é que continue a subir em 202
Diante desse cenário alarmante, a Abramede reforça a importância de investir no treinamento específico dos médicos de emergência. Também é essencial criar um ambiente acolhedor e de suporte emocional para os pacientes em crise, garantindo um atendimento mais humano e eficaz em situações de autolesão ou experimental.